Inseticida biológico auxilia no combate aos borrachudos

Publicado em 27/09/2017, Por Assessoria de Imprensa

O controle do mosquito borrachudo no segundo semestres deste ano, iniciou em agosto. No perímetro urbano as agentes de saúde realizam a aplicação do BTI nos riachos. No interior a aplicação do inseticida é feita por um representante de cada comunidade que aplica o produto nos rios e sangas na região que é responsável.

Nesta semana em Ibiaçá, também foi realizado o controle do inseto, já que para obter um resultado eficaz, o indicado é que seja aplicado o inseticida a cada 15 dias.

O governo de Ibiaçá realiza o aporte financeiro de 50% do produto, a outra metade é paga pelos munícipes.

O BTI é um inseticida feito à base de bactérias que mata a larva do inseto. O produto deve ser diluído na água em uma proporção adequada indicada pelo fabricante. Depois deve ser espalhado pelos riachos.

De acordo com pesquisas realizadas pela Embrapa, o inseticida não faz mal à saúde das pessoas, nem para os peixes e animais.

Segundo a Fundação Osvaldo Cruz, existem 170 espécies de borrachudos. Alguns podem transmitir uma doença chamada oncocercose que provoca caroços na pele.

Em seu ciclo a fêmea adulta deposita os ovos em folhas e galhos submersos em água corrente dos riachos. Os ovos viram larvas e pupas, depois de 25 dias o adulto sai de dentro da água. Quando a fêmea é fertilizada, procura um mamífero para picar, porque o desenvolvimento dos ovos que ela carrega depende da proteína do sangue, que pode ser o de humano. Quem pica é a fêmea se alimenta do sangue de mamíferos. A coceira é devido a injeção de uma substância que provoca uma reação alérgica na pele.

Cada fêmea pode colocar até 2.500 ovos no seu ciclo de vida, que dura em torno de 30 dias.

Ao contrário do mosquito da dengue, o borrachudo não gosta de água parada, e quanto mais sujeira tiver melhor. As larvas se alimentam de matéria orgânica por isso, lixo e dejetos de animais são o combustível para o criatório do borrachudo, gosta de voar no sol quente durante o dia.

Uma forma de prevenir a presença do inseto é recuperar a mata das margens dos riachos, esta ação diminui a temperatura do ambiente e mantém os predadores naturais do inseto que vão elimina-los de forma natural. Também deve ser evitado o lixo nos rios, por que além de se fixarem em folhas e pedras as larvas também se fixam nos plásticos.

Redação: Fonte Agência de Jornalismo