Setembro Amarelo: mês de prevenção ao Suicídio

Publicado em 06/09/2017, Por Assessoria de Imprensa

O tema que se torna destaque na campanha deste mês é o suicídio. Um tema que até pouco tempo era mantido entre quatro paredes passando a ter representação em série na internet.

Este ato entre os jovens adolescentes vem crescendo, como exemplo a “baleia azul” de cunho internacional e que fez com que as pessoas fossem obrigadas a falar sobre o assunto, infelizmente, da pior maneira possível.

A ideia da prevenção ao suicídio que ocorre neste mês, vem justamente na tentativa de evitar situações como essas. O suicídio é possível em quase todas as idades, existindo faixas de maior risco.

O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior índice de suicídio, nas cidades pequenas o índice é mais elevado, ao contrário dos grandes centros onde o índice de homicídios se torna maior.

Como prevenir?

Mitos: “se eu falar sobre morte, suicídio vou estar estimulando a pessoa a fazer”. Não, falar sobre os pensamentos e ideias (ideações suicidas) é o primeiro passo. Isso ajuda a pessoa a desabafar e se abrir com alguém de confiança e desta forma pode também aceitar ajuda de profissional especializado, pois sentiu o apoio de familiares a amigos.

Outro mito é “pessoa que fala, não faz”. A maioria dos casos de suicídio ou tentativa, o sujeito apresenta alguma manifestação sobre o ato, algumas vezes direta outras mais sutis. Por isso a importância de em caso de dúvida procurar auxílio especializado que possui habilidades e conhecimentos técnicos para avaliar o risco.

O tema do suicídio é um tema de saúde mental, que ainda é um grande tabu, cheio de pré-conceitos sobre os quais precisamos falar mais, mas de uma forma também preventiva e não apenas no tratamento. Os principais fatores de risco é história de tentativa de suicídio e transtorno mental. Então é necessário ficar atento.

A melhor forma de prevenção do suicídio é escutar, ouvir de fato, sem julgamentos morais. Como foi dito, pessoas que pensam em suicídio geralmente falam sobre isso. Não se preocupe em dar uma resposta! Quando a pessoa encontra espaço para falar isso é o maior passo para auxiliar a reduzir o nível de desespero. Fique atento a saúde mental, transtornos de humor e transtornos relacionados ao uso de substâncias estão entre os maiores riscos.

Lembre-se você não precisa enfrentar tudo sozinho, procure auxílio quando necessitar, nem que seja para uma conversa, escuta e orientação. Sua saúde mental agradece.

Marta Giacomini, psicóloga.