Movimento do Bolo reuniu prefeitos e lideranças municipais em Lagoa Vermelha

Publicado em 28/09/2015, Por Assessoria de Imprensa

A má distribuição dos impostos arrecadados no país motivou 473 prefeitos do Rio Grande do Sul a aderirem ao Movimento do Bolo, na última sexta-feira (25). A ação municipalista, organizada pela Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), recebe esse nome como referência à pequena fatia de recursos destinada às prefeituras do Brasil. Atualmente, apenas 18% do total de tributos arrecadado retornam para os municípios, enquanto os estados ficam com 25% e a União arremata os outros 57%.

Em todo o estado, diversos pontos de estradas – a maioria federais – foram tomados por gestores públicos, vereadores e lideranças municipais que, preocupados com a atual situação financeira, reivindicaram um novo pacto federativo.

Na região Nordeste do Rio Grande do Sul, os 18 municípios que pertencem à Amunor (Associação dos Municípios do Nordeste do Rio Grande do Sul) trabalharam com luzes apagadas e em expediente interno. Desde as 11 horas, cerca de 150 pessoas participaram da mobilização no quilômetro 192 da BR 285, em frente ao trevo de acesso principal ao município de Lagoa Vermelha. Na oportunidade, os próprios prefeitos entregaram panfletos do movimento aos motoristas que passaram pelo local. A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e não houve bloqueio da estrada.

O prefeito de Ibiaçá, Ulisses Cecchin, destacou que essa é mais uma medida adotada pelos municípios para possibilitar o melhor atendimento à população. “É um caminho que estamos seguindo. Todas as conquistas que temos até então não aconteceram de um dia para o outro. E vai ser assim, também, com o Movimento do Bolo. É nos municípios que a vida acontece, onde está o cidadão e onde as pessoas reivindicam suas necessidades. E nós, prefeitos, estamos com a menor fatia desse bolo. Queremos um novo pacto federativo, onde possamos distribuir melhor os recursos e também as políticas públicas. Porque muitas vezes elas são criadas lá no centro do poder e, depois, jogadas aos municípios para que os prefeitos executem, sem levar em conta as receitas disponíveis”.

O Movimento do Bolo tem o apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e visa uma melhor distribuição do bolo tributário.