Audiência Pública aprova, por 95% de votos, a implementação da escola cívico-militar em Ibiaçá

Publicado em 22/05/2021, Por Assessoria de Comunicação

Uma audiência pública realizada nesta sexta-feira (21), por videoconferência, aprovou a adesão da Escola Ricardo Durigon, de Ibiaçá, ao programa de escola cívico-militar do Governo do Estado. A implementação do modelo escolar pela instituição de ensino municipal foi aprovada por 94,9% dos presentes no encontro.

Além da votação, a audiência teve como principais objetivos apresentar o programa e esclarecer dúvidas da comunidade envolvida na área educacional do município. Pais, profissionais da educação e membros dos poderes Executivo e Legislativo participaram da reunião.

O prefeito de Ibiaçá, Ulisses Cecchin, fez a abertura da audiência. Em sua fala, o gestor explicou sobre os procedimentos adotados pelo município desde que a administração manifestou interesse no programa. “Nós fomos instigados, ainda em janeiro, a ter uma escola cívico-militar. E, naquele momento, de pronto aceitamos. Porque entendemos que vem ao encontro das necessidades da escola e da comunidade. Vem para contribuir com a comunidade escolar. E, nesta semana, o governador homologou a adesão da nossa escola, por ter sido uma das primeiras do estado a manifestar interesse”.

De acordo com o tenente-coronel da Brigada Militar, Marcelo Dornelles dos Santos, que trabalha na implementação do projeto no Rio Grande do Sul e também participou da audiência, o programa atua do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e investe especialmente no acolhimento dos alunos. “É uma visão diferente do que a maioria das pessoas entende por escolas militares. É acolhimento, conversa, aproximação com o aluno. A faixa etária dos militares que vão atuar no programa é, em regra, de pessoas que são avós. E há um lado emocional nisso também, porque o monitor projeta nos seus netos a figura dos alunos”.

Dornelles explicou, ainda, que o militar não interfere no conteúdo pedagógico do professor. “O trabalho do monitor é da porta da sala de aula para fora. Porque, em regra, não temos preparo para ministrar aulas, mas temos preparo do contato com o cotidiano da criança em vulnerabilidade social. Nós queremos que o aluno esteja inteiro em sala de aula, no sentido de dedicar o seu tempo e a sua atenção àquilo que o professor vai ensinar”.

No modelo de escola cívico-militar, proposto inicialmente pelo deputado estadual Tenente-Coronel Zucco, militares da reserva retornam ao serviço ativo para atuar como monitores nas escolas. Por meio de um convênio firmado entre prefeituras e o Governo do Estado, um policial volta à ativa para cada 100 alunos atendidos pela instituição de ensino participante.

Na audiência, Dornelles destacou que o ensinamento proporcionado pelos militares se estende para a vida do aluno. “O aluno precisa ter consciência das suas responsabilidades desde pequeno. E é exercitando diariamente valores e virtudes morais que a criança se torna uma pessoa boa. Nós queremos instrumentalizar a criança para que ela analise o que é bom e o que não é para tomar suas decisões. E que isso siga para a vida dela, em uma carreira profissional, em uma vida de adulto, que vai saber tomar decisões”.

A votação recebeu 98 votos, sendo 93 favoráveis e cinco contrários à implementação do modelo escolar. Ao encerrar a reunião, o prefeito agradeceu a participação e reafirmou a importância do projeto. “Nós ficamos muito felizes com essa adesão. A escola cívico-militar preocupa-se, primordialmente, em incorporar atitudes e valores familiares, sociais e patrióticos nos alunos. Trabalha direitos, deveres e responsabilidade das crianças e das pessoas inseridas na escola e na comunidade”.

Ibiaçá foi o 10º município do estado a se inscrever no programa. Conforme previsão do Tenente-Coronel, a implementação do modelo deve ocorrer até setembro deste ano.

ASCOM / Prefeitura de Ibiaçá